sexta-feira, 16 de novembro de 2012

0 Anfíbio Gigante Super-Resistente




'Andrias japonicus', conhecida por hanzaki, tem 1,7 metro e é considerada um 'fóssil vivo'

Além de seu tamanho, a salamandra Andrias japonicus, conhecida como hanzaki no Japão, chamou a atenção de ambientalistas estrangeiros e cientistas japoneses pelo seu status de fóssil vivo e pelo fato de não ser atingida por um fungo que está devastando muitas outras espécies de anfíbios no mundo todo .

"O esqueleto dessa espécie é quase idêntico ao dos fósseis de 30 milhões de anos atrás", disse Takeyoshi Tochimoto, diretor do Instituto Hanzaki, perto da cidade de Hyogo (sudoeste do Japão). "Por isso é chamada de 'fóssil vivo'", acrescentou.

"É um 'dinossauro', isso é espantoso", afirmou Claude Gascon, chefe dos programas científicos da entidade ambientalista Conservation International e também um dos líderes do grupo especialista em anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza.

"Nós falamos de salamandras que geralmente cabem na palma da sua mão. Essa pode arrancar sua mão."

A salamandra examinada por Gascon está segura, presa em um tanque no centro de visitação da cidade de Maniwa, a 800 km de Tóquio.

Além de ter 1,7 metro de comprimento, a salamandra gigante tem uma pele semelhante ao couro, uma cabeça grande e coberta de estruturas que provavelmente são sensíveis ao movimento e ajudariam a salamandra a capturar peixes.

A hanzaki tem dois parentes próximos: a salamandra gigante chinesa (A. davidianus), que tem tamanho e forma semelhantes à japonesa e pode se acasalar com ela; e uma bem menor, a Cryptobranchus alleganiensis, do sudeste dos Estados Unidos.

Geralmente as salamandras gigantes ocupam covas em margens de rio. A ocupação é feita em grupos com um macho dominante, várias fêmeas e alguns outros machos.

O macho dominante e as fêmeas liberam na água óvulos e espermatozoides e se movimentam incessantemente para misturar tudo. Os machos não dominantes talvez também liberem espermatozoides, mas o papel deles ainda não está claro.

Quando a água fica mais calma, todos deixam a cova, exceto o macho dominante, que fica para cuidar do ninho e dos filhotes.

Fora da época de reprodução, a vida da salamandra é bem tranquila, vivendo da forma mais discreta possível no rio e capturando tudo o que estiver ao seu alcance para se alimentar.

0 Os Maiores Seres Vivos Do Planeta



"A maior criatura do planeta foi descoberta apenas em 1996: um fungo que cresce sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no Estado do Oregon, Estados Unidos. Esse Armillaria ostoyae, popularmente conhecido como “cogumelo do mel”, nasceu como uma partícula minúscula, impossível de ser vista a olho nu, e foi estendendo seus filamentos durante um período estimado de 2 400 anos. Da superfície, dá para ver apenas suas extremidades junto aos troncos das árvores, mas debaixo da terra ele ocupa 880 hectares – o equivalente a 1 220 campos de futebol. “Ele ainda cresce de 70 centímetros a 1,20 metro por ano”, diz o engenheiro agrônomo João Lúcio de Azevedo, da USP. Antes de sua descoberta, o maior ser vivo era outro fungo da mesma espécie, encontrado em 1992. Até os anos 90, o título pertencia a uma árvore sequóia da Califórnia."

0 Bactéria Que Pode Redefinir A Química Da Vida

Achado da Nasa em lago na Califórnia abre novas perspectivas para a compreensão da vida e amplia o escopo das buscas por tipos extraterrestres... (Dezembro de 2010) Após um misterioso e incomum anúncio de entrevista coletiva feito pela Nasa, um famoso blogueiro americano, Jason Kottke, especulou na segunda-feira: “Teria a Nasa descoberto vida extraterrestre?” Foi o suficiente para atiçar os aficionados por ETs e gerar uma onda de boatos na internet. No dia seguinte, porém, o editor da revista The Atlantic, Alexis Madrigal, desmentiu Kotkke: “Não é nada disso”, tuitou. Mas o certo seria afirmar: “não é bem isso”. Conforme revelado nesta quinta-feira, a Nasa descobriu uma bactéria que se comporta como um ser extraterrestre – ou como os cientistas imaginam que um organismo assim se comportaria. Mas o achado foi feito em solo terrestre, ou melhor, em um lago da Califórnia onde a concentração de arsênio é altíssima. O lago Mono é conhecido pela hipersalinidade e pela alta concentração de arsênio. Em grandes quantidades, este elemento químico é tóxico para a maioria dos seres vivos. Mas o microorganismo descoberto pela Nasa conseguiu se adaptar ao ambiente hostil, substituindo o fósforo – um dos seis elementos considerados essenciais à vida – pelo arsênio. O estudo será publicado na revista Science e foi liderado pelo Instituto de Astrobiologia da Nasa. O que isso pode nos dizer sobre a vida fora da Terra? Um parâmetro importante para considerar outros planetas e luas mais ou menos favoráveis ao surgimento da vida são as concentrações dos elementos químicos considerados fundamentais. A bem sucedida substituição do fósforo por arsênio indica haver chances para a vida mesmo sob condições consideradas adversas. Isso aumenta as perspectivas de desenvolvimento da vida e amplia o escopo das buscas por formas extraterrestres. Veja Abaixo fotos - Bactéria do lago Mono. À esquerda, crescimento à base de arsênio. À direita, com fósforo A base da vida - Cerca de 98% do corpo humano é formado por apenas seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo. São os elementos-chave da vida. Combinados, formam os principais grupos de compostos orgânicos: as proteínas, os carboidratos (como a glicose), os lipídios (como as gorduras) e os ácidos nucleicos (o DNA e o RNA). Em tese, é possível que uma combinação diferente de elementos na tabela periódica exerça as mesmas funções vitais. Como o arsênio possui propriedades químicas semelhantes ao fósforo, cientistas já haviam teorizado que seria possível trocar um elemento pelo outro e ainda manter a estrutura física das moléculas. Mas isso não havia sido observado na natureza. Partindo dessa ideia, a equipe de pesquisadores liderados pela bioquímica Felisa Wolfe-Simon isolou uma cultura de bactérias da família Halomonadaceae do Lago Mono. Esse lago supersalgado é considerado inóspito para a maioria dos seres vivos. Os cientistas cultivaram as bactérias em uma solução salina de fósforo e foram alterando a concentração gradativamente, substituindo o elemento por arsênio. As bactérias conseguiram se adaptar à solução e passaram a integrar o arsênio na sua estrutura celular. Em vez de fósforo, os pesquisadores passaram a encontrar arsênio nas moléculas. Por causa dessa descoberta a ciência terá que fazer um “busca mais profunda do conceito da arquitetura da vida”, diz Vera Solferini, bióloga do Departamento de microbiologia do Instituto de Biologia da Unicamp. Ela destaca que as pesquisas que buscam a origem da vida terão o horizonte ampliado. De acordo com os autores da pesquisa, a vida como a conhecemos exclui alguns elementos e inclui outros. “Tudo leva a crer que essas não são as únicas opções”, destaca o artigo. Mas Felisa acredita que a maior descoberta não está no Lago Mono. “Se um organismo pode realizar algo tão inesperado na Terra, o que mais a vida pode fazer que não vimos ainda?”, pergunta. “É hora de descobrirmos”. Encontrada pela Nasa em lago da Califórnia, bactéria que se nutre de elemento tóxico revoluciona conceitos científicos... Veja o Lago Mono, California - EUA Imagem mostra bactérias da família 'Halomonadaceae', que são compostas, entre outros elementos, por arsênio, elemento químico considerado tóxico a humanos. (Foto: Science / AAAS)

0 Fungo Biodiesel

Fungo descoberto na Patagónia pode ser fonte de biocombustível
Um fungo descoberto por cientistas norte-americanos na Patagónia, região no sul da argentina, é capaz de produzir substâncias como as que se encontram no gasóleo, podendo representar uma nova fonte de energia limpa.
Batizado como Gliocladium roseum, o fungo gera moléculas que produzem hidrogénio e carbono, semelhantes às que se encontram no gasóleo, segundo a BBC.

O fungo foi encontrado por uma equipa de cientistas da Montana State University, nos Estados Unidos, num ulmo, uma espécie de árvore existente nas florestas tropicais.

«Quando examinámos a composição do Gliocladium roseum - veja a foto acima- , ficamos totalmente surpreendidos ao ver que ele estava a produzir uma variedade de hidrocarbonetos e derivados de hidrocarbonetos», disse Gary Strobel, que liderou a pesquisa.

«Os resultados foram totalmente inesperados», afirmou, acrescentando que «este é único organismo que demonstrou ser capaz de produzir esta combinação importante de substâncias combustíveis».

O cientistas cultivaram o fungo em laboratório e verificaram que ele foi capaz de produzir um combustível muito semelhante ao gasóleo usado nos automóveis, que apelidaram de "micodiesel".

Segundo Strobel, este fungo pode ser uma fonte de biocombustível superior às que se utilizam actualmente, já que consegue produzir "micodiesel" directamente a partir da celulose, o principal composto das plantes e do papel.

As plantas utilizadas para produzir biocombustíveis precisam de ser processadas em primeiro lugar para depois serem convertidas em compostos úteis, como a celulose.

«Isto significa que o fungo pode produzir combustível saltando-se um grande passo no processo de produção», explicou Strobel.

Os investigadores, que agora estão a trabalhar para desenvolver o potencial de produção de "micodiesel" do Gliocladium roseum, publicaram as suas descobertas num artigo na revista científica "Microbiology" (BBC, 7/11/08)

0 Comportamento Das Aves

Machos de ave da Oceania criam 'avenida do amor' para atrair fêmeas
Espécie do grupo 'Ptilonorhynchidae' usa gravetos e 'gesso' para seduzir. Veja:

O macho de uma espécie de pássaro que habita a Austrália e a Nova Guiné mostrou ser um verdadeiro mestre do ilusionismo. A estratégia é usada para um objetivo específico: aumentar a chance de reprodução. Para isto, ele segue um elaborado ritual de acasalamento que compreende em uma complexa construção de abrigo para que as fêmeas venham inspecionar e por lá fiquem.
Chlamydera nuchalis e o seu ninho ...

Com o intuito de impressionar a fêmea, o pássaro caramancheiro da espécie Chlamydera nuchalis passa horas coletando e organizando ossos, conchas e pedras entre outros objetos, de tons cinza, chamados coletivamente de “gesso”. Com o “gesso ele cria uma espécie de avenida de 0,6 metros de comprimento em frente ao abrigo – um caramanchão formado por gravetos. Na hora que a fêmea para na frente da “obra de arte”, o macho pega objetos coloridos como pedaços de fruta e mostra um a um para a donzela.
Chlamydera nuchalis enfeitando o seu ninho

A parte da ilusão de ótica fica por conta da distribuição dos objetos na avenida. Conchas, pedras e ossos são distribuídos de forma que os objetos maiores fiquem mais longe do abrigo e os menores mais perto. Assim, a fêmea acredita que todos os objetos mostrados à ela são mais ou menos do mesmo tamanho. Ao mesmo tempo, o caminho parece menor do que realmente é.
“Ficamos muito surpresos. Ninguém sequer pensava que ilusões ocorriam naturalmente ou com um objetivo fora da espécie humana. É fascinante que pássaros façam isso e mais interessante ainda como fazem”, afirmou ao iG John Endler da Universidade de Deakin, na Australia, e co-autor do estudo publicado no periódico científico Science.
O rei na arte da conquista – Os pesquisadores constataram que as fêmeas tendem a escolher os machos mais habilidosos na construção. Foi comprovado também que muitos machos – que não seguem as regras de ilusão de ótica – nunca conseguem atrair as fêmeas.

Ninho Formado pelo macho e o ossos. Criatividade (Chlamydera nuchalis)
Os pesquisadores não foram capazes, porém, de determinar por que ser um bom ilusionista aumenta a chance de procriação. Uma possibilidade aventada por eles é que quando o gesso parece mais uniforme, os objetos coloridos prendem mais a atenção das fêmeas, atraindo-as.
Ninho Formado pelo macho (Chlamydera nuchalis)

Os pesquisadores acreditam que a habilidade na construção de “abrigos” pode também ocorrer em outras espécies de animais, porém não em outras espécies de pássaros caramancheiros, que fazem algo similar só que com uma geometria menos organizada que os abrigos dos Chlamydera nuchalis. ” Acredito que tal habilidade possa ser achada em outras espécies, pois quase todos os vertebrados e invertebrados o contato visual é usado para se fazer a corte. O macho se mostra para a fêmea a uma distância específica e orienta seu corpo de forma e em direção característica em relação aos olhos da parceira. Esta visão predeterminada a partir de um ângulo e distância é um requisito fundamental para ilusões visuais geométricas”, disse Endler.

0 Maior E Menor Vertebrado Do Mundo

Menor Vertebrado
Com apenas 7,7 mm, uma pequena rã da família Paedophryne procedente de Nova Guiné foi proclamada o menor vertebrado do mundo, segundo publica nesta quarta-feira a revista científica PLoS One. Pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana (EUA) fizeram essa descoberta durante uma expedição de três meses à ilha de Nova Guiné, um dos maiores centros de biodiversidade tropical do mundo.
A equipe, dirigida pelo professor Christopher Austin, descobriu duas espécies dessa mesma família e batizou a menor de Paedophryne amauensis. "Nova Guiné é um centro de biodiversidade, e cada novidade que descobrimos acrescenta outra camada a nossa compreensão geral de como a biodiversidade é gerada e se mantém", avaliou Austin.
A rã desbancou como menor vertebrado um peixe (Paedocypris progenetica) localizado na Indonésia, cujo tamanho médio quando adulto é de 8 mm.
Pesquisadores da Universidade da Louisiana, nos Estados Unidos, descobriram na Ilha de Nova Guiné o menor vertebrado do mundo. Trata-se de uma rã, da família Paedophryne, que mede apenas7,7 milímetros. A expedição dos pesquisadores estava percorrendo o local havia três meses. A equipe de cientistas batizou esta nova espécie como Amauensis Paedophryne, em referência ao nome da localidade onde foi encontrada. Estima-se que será de grande utilidade para o avanço da biologia no estudo das limitações funcionais de animais com tamanho tão pequeno.
 Antes da minúscula rã, o menor animal vertebrado do mundo era um peixe da Indonésia, de 8 milímetros. É difícil imaginar que surja outro bichinho que possa desbancá-la de seu trono, embora, dada a capacidade de observação dos cientistas, esta possibilidade não poderá ser descartada.











Maior Vertebrado: São mais de 60 mil vertebrados conhecidos atualmente, o maior é a
baleia-azul (Balaenoptera musculus), com média de mais de 25 m. Veja a foto abaixo comparativa em relação ao homem e a um elefante;






O pequno camaleão de Madagasgar..

Veja outro pequeno vertebrado acima, um camaleão Brookesia peyrierasi, o menor vertebrado do mundo é um camaleão da ilha de madagascar. Acredita-se que Madagascar tenha sido o berço de origem dos camaleões. Lá há dois terço das espécies do mundo, catalogando mais de 30 espécies com famílias endêmicas como o maior camaleão do mundo chamado de Parson com 65 centímetros e o menor vertebrado do mundo, o camaleão Brookesia peyrierasi com 2 centímetros de tamanho.

0 Insetos Que Realizam Fotossíntese

Inseto que Realiza Fotossíntese: Pulgão - Afídeo 

Foi confirmada a capacidade da superfamília dos afídeos de realizar fotossíntese de acordo com o artigo “Light- induced electron transfer and ATP synthesis in a carotene synthesizing insect” publicado na revista Nature desta semana pelos pesquisadores franceses Jean Christophe Valmalette, Aviv Dombrovsky, Pierre Brat, Christian Mertz, Maria Capovilla e Alain Robichon.

Como antecipado aqui no Hypescience em maio de 2010, a superfamília dos afídeos, que incluem os pulgões apresentam características no mínimo desconcertantes. Além dessa suspeição de captar DNA de outros seres, são capazes de realizar partenogênese. Em outras palavras as fêmeas dessa superfamília procriam sem precisar de machos que as fecundem. Assim, as fêmeas podem nascer grávidas e depois parir essas crias que também nascem grávidas, e assim sucessivamente.
Agora, essa insólita superfamília figura também na galeria dos seres autotróficos. Em outras palavras são capazes de realizar a elaboração de nutrientes, de maneira análoga a das plantas, por meio de um processo muito similar ao da fotossíntese.
De acordo com o citado artigo da Nature esses insetos são os únicos entre os animais capazes de sintetizar pigmentos chamados carotenoides. Pigmentos esses, típicos de vegetais, responsáveis pela regulação do sistema imunológico e também pela elaboração de grupos de vitaminas, tais como a vitamina A, por exemplo.
Sem dúvida é uma adaptação singular do fenótipo dessa espécie de afídeo denominadaPisum acyrthosiphon, com comportamento selecionado em condições de baixa temperatura e caracterizada por uma aparição notável de uma cor esverdeada que se altera para o amarelo-avermelhado.
A produção desses pigmentos carotenoides envolvem genes bem específicos responsáveis, por exemplo, pela ação de cloroplastos típicos dos vegetais e surpreendentemente presente no genoma do pulgão, provavelmente por transferência lateral durante a evolução.
A síntese abundante desses carotenoides em pulgões sugere um papel fisiológico importante e desconhecido muito além de suas clássicas propriedades antioxidantes.
O artigo relata a captura de energia luminosa durante o processo metabólico por meio da foto transferência de elétrons induzida a partir de cromóforos excitados. Os potenciais de oxirredução das moléculas envolvidas neste processo seriam compatíveis com a redução do NAD + coenzima. Em, outras palavras, um sistema fotossintético – que mesmo sendo rudimentar – é capaz de utilizar esses elétrons foto-emitidos no mecanismo mitocondrial a fim de sintetizar moléculas de ATP, ou seja, fornecer energia útil para sustentar o organismo em seu ciclo vital.
Além de modificar os conceitos clássicos em nossas aulas de Biologia essa descoberta promete elucidar, entre outros enigmas da ciência moderna, a forma como a vida tem evoluído em nosso planeta.
Tudo indica que nossos livros de Biologia sofrerão nova revisão este ano, principalmente no que tange à diferenciação entre animais e vegetais.
 

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